SENTIMENTOS....

De acordo com o dicionário Michaelis, sentimento é “a faculdade ou capacidade de sentir, de receber impressões mentais; sensação psíquica, tal como as paixões, o pesar, a mágoa, o desgosto etc.; disposição para ser facilmente comovido ou impressionado.”
Parem para refletir: quantas pessoas não encontramos que se aproveitam dessa disposição à comoção e abusam dos sentimentos dos outros?
É muito comum nos depararmos com pessoas que levam uma relação sem demonstrar, em nenhum momento, empatia ou preocupação pelo outro.
Pensemos em uma convivência entre amigos: sem saber dar valor a uma verdadeira amizade, algumas pessoas constroem esse relacionamento sem muitos cuidados e, na hora que seu ego ou interesse decidir, deixam de lado o amigo que, a esta altura, já o considerava como parte integrante de sua vida.
Em um relacionamento a dois, um dos lados pode alimentar expectativas no outro até o ponto em que seu ‘medo de se envolver’ permitir. Por exemplo: começa-se um relacionamento e conforme a convivência vai aumentando o sentimento vai crescendo. Quando o envolvimento já se tornou consideravelmente imponente, um dos lados, por medo de se envolver, rompe abruptamente este relacionamento, enquanto o outro fica sem saber o que faz com o sentimento que alimentou…
Claro que essa é apenas uma das hipóteses: há aqueles que realmente possuem o prazer de alimentar dois ou três relacionamentos ao mesmo tempo e, de fato, não se importam se o outro lado vai se envolver a ponto de se magoar futuramente. Há outros que, por insegurança, necessitam ter sempre ao redor pessoas que os lembrem de suas qualidades uma vez que, sozinhos, não se bastam; alguns já foram feridos no passado e, evitando novas decepções rompem relações que os expõem demais ao julgamento do outro.
Para aqueles que ouvindo conversas como essa ou lendo esse texto declaram que ficarão atentas e desconfiadas, peço para que, por favor, não deixem de viver um sentimento legítimo por medo de se frustrar. Talvez, vocês encontrem pessoas que brinquem com os seus sentimentos, talvez não… Mas, tentando evitar o sofrimento e julgar racionalmente quem é íntegro e merece o seu respeito ou não, você pode deixar passar o grande amor da sua vida ou perder um grande amigo. Viva e arrisque. Se não der certo, sua alma e coração estarão em paz, pois terão feito a parte que lhes cabia.
Agora se você se encontrou em uma das situações citadas acima ou sabe que, em algumas situações, é responsável consciente por magoar outras pessoas, por favor, reveja suas prioridades. Como disse, muitas vezes é uma ação involuntária e nem sempre é proposital, contudo, reflita que não deve ser justo fazer outra pessoa sofrer para evitar o próprio sofrimento ou, simplesmente, alimentar o seu ego. Mude suas atitudes e comece a respeitar aqueles que lhe devotam carinho e atenção nas diversas áreas da vida; lembre-se que relacionamentos se cultivam e, quanto mais profunda a raiz, mais doloroso é o processo de arrancá-la.
Eu, de fato, acredito que tudo que é feito aqui sempre terá um retorno. Não é, definitivamente, um jogo de culpas e castigos – resume-se simplesmente na energia que vibramos: se repetimos sempre as mesmas atitudes, cedo ou tarde, de alguma maneira, voltará para nós…
Brincar com o sentimento dos outros é algo delicado e que envolve alma, desejos, coração, expectativas e emoção. Respeite o próximo e se não for por uma atitude empática, que seja por amor-próprio, como se bradasse ao mundo: eu também quero e mereço ser respeitado!
Pense nisso!

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